O magnata obteve os votos de mais de 1.237 delegados necessários para a
nomeação durante a convenção do partido
Por Da redação
O candidato à
presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, discursa durante Convenção
Nacional do Partido Republicano americano, realizada em Cleveland (EUA) -
18/07/2016 (Jim Young/Reuters)
Após
eliminar 16 rivais dentro Partido Republicano, Donald Trump foi
oficialmente nomeado nesta terça-feira como o candidato do
partido na corrida à Casa Branca e vai disputar a Presidência dos
Estados Unidos na eleição que ocorrerá no dia 8 de novembro. O magnata
obteve os votos de mais de 1.237 delegados necessários para a nomeação
durante a convenção do partido, em Cleveland (Ohio).
Há um
ano, ninguém podia imaginar que esse momento chegaria. Muitos acreditavam que o
bilionário, se apresentando como um outsider contra
oestablishment, não resistiria às primeiras prévias. Mas
não foi o que aconteceu. Com um discurso nacionalista, populista e radicalmente
contrário à imigração, Trump ganhou um eleitorado descontente com a política
tradicional. Ele construiu sua candidatura apoiando-se na promessa de
devolver o país a um suposto tempo de glória, expressada pelo slogan Make America Great Again (fazer a América grande
novamente), e em ataques verbais a mexicanos, chineses, muçulmanos,
sul-americanos e refugiados em geral.
Pouco
depois da confirmação, Trump enviou uma mensagem em vídeo, direto de Nova York,
para comemorar o resultado, que ele chamou de “histórico”. “Hoje foi um
dia muito, muito especial, e nunca o esquecerei”, disse o magnata, que
acrescentou que era uma “grande honra” receber a indicação republicana. Trump
prometeu ainda levar “liderança e mudanças reais” a Washington. O candidato
republicano discursa na convenção na próxima quinta.
O partido
iniciou a votação nominal formal para a nomeação do magnata um dia após uma
tentativa frustrada do movimento anti-Trump mudar as regras internas da
convenção para romper o compromisso dos delegados de votar segundo os
resultados das primárias, e de o discurso de sua mulher, Melania Trump,
ter sido alvo de acusações de plágio.
O senador
Jeff Sessions, um apoiador antigo de Trump, colocou o nome do empresário de
Nova York para nomeação, chamando-o de “guerreiro e vencedor”. O presidente da
Câmara dos Deputados, Paul Ryan, o republicano eleito que ocupa o mais alto
cargo, coordenou a reunião e lançou o processo de nomeação.
A votação
nominal, em ordem alfabética, começou com o Estado de Alabama. Apesar das
ameaças de mais um dia caótico, o senador Mike Lee, republicano contrário a
Trump, declarou que os esforços de alguns delegados para bloquear a nomeação
aparentemente encerraram.
A
campanha de Trump tem sido atacada por causa da sua retórica contra
muçulmanos, hispânicos, imigração ilegal e comércio, alarmando muitos na
liderança republicana. Mas a verdade é que a vitória de Trump, desde que
ele tomou a liderança nas pesquisas, nunca esteve ameaçada, ao contrário da
unidade do Partido Republicano, cuja liderança foi forçada a aceitar o magnata.
Do presidente da legenda, Reince Priebus, ao presidente do Congresso, Paul
Ryan, todos tiveram de se resignar e garantir a candidatura de Trump, sem
tentar uma cartada final para impedi-lo, como muitos esperavam.
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